domingo, 9 de dezembro de 2007

Um Dilema para Frankfurt?

Este é o título do artigo sobre o qual vou falar na conferência MLAG 2: Porto - 10, 11 e 12 de Janeiro de 2008. Detalhes sobre a mesma aparecerão por aqui mais tarde.
Assim que tiver uma primeira versão do artigo coloco-a aqui. Entretanto cá fica o abstract.

Neste artigo começo por situar as experiências mentais de Frankfurt na dialéctica entre o compatibilista e o incompatibilista e como esta se alterou de forma fundamental desde a publicação de “Alternate Possibilities and Moral Responsability” em 1969. Passo depois a considerar o que muitos filósofos entendem ser a principal objecção a Frankfurt.
Um importante argumento que o incompatibilista tem usado para resistir aos exemplos dados pelas experiências de Frankfurt é apontar o facto de que estas experiências parecem necessitar, para que o interveniente contrafactual faça o seu trabalho correctamente, de um sinal prévio, de forma que este saiba se precisa de actuar ou não. Mostrarei, de forma breve, que a tentativa por parte de alguns filósofos para prescindir deste sinal não é eficaz.
Contudo a relação entre o sinal e a acção é problemática, o que se pode ver na forma de um dilema: Ou o sinal é suficiente nas circunstâncias para a acção A ou não é. Se é, então o incompatibilista pode simplesmente acusar Frankfurt de petição de princípio e nesta situação o incompatibilista não tem de aceitar que o agente é responsável. Por outro lado, se o sinal não é suficiente para A, então parece que o agente pode fazer de outro modo.
Desenvolverei um exemplo de uma experiência mental de Frankfurt para mostrar como este dilema pode ser evitado, vindicando Frankfurt contra esta importante objecção.


Miguel Amen

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